A ruptura pode diminuir em até 10% os ganhos das varejistasdo
ramo.
A falta de produtos nas gôndolas,
além de entregar de bandeja o cliente para a concorrência, é responsável por
uma perda anual de cerca de R$ 9 bilhões em vendas para o segmento de
drogarias, aponta estudo da IMS Health.
Os dados da chamada ruptura de
estoque evidenciam uma oportunidade de ganho para as varejistas. A grande
questão, porém, é como aproveitá-la.
Para o presidente executivo da
Associação Brasileira de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), Sérgio Mena
Barreto, não ter ruptura é ainda mais importante no setor de drogarias, em
comparação com outros ramos do varejo. "Em geral, se um cliente vai a uma
farmácia e não encontra um produto o que ele faz é trocar de loja",
afirma.
O vice-presidente de
consultoria para a América Latina da IMS Health, Sydney Clark, concorda e
acrescenta que outro agravante é a perda da fidelização. "Há muitas
iniciativas no sentido de fidelizar o cliente, mas em uma dessas - do
consumidor chegar e não encontrar o produto que quer -, ele pode não voltar
mais, e todas essas ações perderem o efeito", afirma, completando que nas
grandes metrópoles isso é ainda mais latente, já que há um número grande de
farmácias próximas umas das outras.
Além da perda do cliente, a
falta de produtos - segundo cálculos da consultoria - pode acarretar em uma
perda média de aproximadamente 10% do faturamento das empresas. "Aplicada
essa porcentagem para o setor como um todo isso representaria cerca de R$ 9
bilhões que não estão sendo ganhos", afirma Clark, completando que em
mercados mais maduros o índice de ruptura nesse segmento gira em torno de 7%.
"Esses 3% são uma oportunidade gigante de ganho que se está
perdendo", finaliza.
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